segunda-feira, 25 de maio de 2020

Sobre como podemos lidar com a morte





A morte, essa passagem entre a vida e o plano espiritual que todos um dia faremos, o fim de nossa jornada na terra, e encerramento de um ciclo, o fim da vida. Ou será que não é o fim? Hoje 25/05/2020, perdi meu querido avô, perdi o brilho de seus olhos, perdi o calor de seu amor perto de mim, perdi de vista sua presença querida, como isso dói. Morrer é uma das poucas certezas que temos na vida, e uma das verdades que quase todos nós temos consciência e apesar de ser tão natural quanto o nascer do sol, continua sendo doloroso e difícil de aceitar. Mas como tudo nessa terra deixa um importante ensinamento, nos ensina a valorizar as pessoas, a inutilidade dos bens materiais além de nos ajudar a viver melhor, ensina a valorizar o tempo que temos, nos mostra que nossa jornada um dia terminará, e de nossos amados também.
A morte é difícil de aceitar, principalmente quando acontece com alguém de nossa família, quando algum ente querido morre voltamos nossa mente para realidade e paramos de nos preocupar sempre consigo mesmo. Lembramos-nos que somos tão mortais quanto o recém falecido, e que nós não somos mais ou menos importantes do que as outras pessoas, somos humanos e igualmente imperfeitos, igualmente limitados e igualmente sujeitos as leis divinas. A morte nos força a pausar nossos egoísmo e orgulho por alguns momentos e olhar pra dentro de si e vermos como realmente somos, irmãos de jornada e fadados ao mesmo fim. Mas por mais sofrido que seja passar pelo luto de uma pessoa amada, podemos fazer que não seja assim tão sombrio por incrível que pareça! A morte é uma passagem, um fim de um ciclo para o inicio de outro, um mecanismo tão natural quanto o nascer e crescer.
Quando aceitei me tornar espírita e a moldar meus pensamentos com base na doutrina percebi que podemos passar pelas tormentas da vida sem encará-las como tormentas. Nossa mente cria os monstros que tememos e do mesmo modo que criamos, podemos aniquilá-los, mas no tempo necessário e dentro de nossas capacidades. Precisamos ser humanos conosco e lembrar que não temos mais ou menos espírito que nossos irmãos, todos viemos do mesmo princípio e partiremos para o mesmo fim. Se lembrarmos de Deus nesses momentos veremos que isso é só mais um momento da vida que nos chama a voltar nosso pensamento a realidade e a lembrar que podemos viver melhor se aceitarmos a vida como ela é, fazendo o melhor que podemos para deixar nossa história marcada pelo amor ao invés do orgulho, medo e egoísmo. Portanto não podemos evitar a morte, mas podemos evitar morrer com pendências cruciantes e mágoas antigas.
Amado avô Ovídio, te amarei pra sempre, você foi meu segundo pai, deixo esse texto em sua homenagem, um dia nos encontraremos e te darei um abraço apertado, cheio de amor e saudade. Saudades eternas, te amo vovô véio, até breve.

Um comentário:

  1. Lembre-se dele sempre com foco nas alegrias que viveram... Saudade sim, tristeza não. Qndo pensamos com tristeza nos que partiram, atrapalhamos a caminhada deles no plano espiritual. Por mais q em alguns momentos a dor seja forte e o choro difícil de conter, procure vibrar amor,alegria e gratidão qndo pensar nele. Forças e lembre sempre que muitos amigos nos amparam nos momentos de dor e aflição.

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